De todas as polémicas e discussões suscitadas pelo surgimento deste blog, o Cabrões dos Sapos vem hoje falar-vos da mais inócua,
infrutífera e inconsequente de todas elas: a identidade do próprio.
É fácil perceber o porquê desta adjectivação.
A pergunta está erradamente colocada.
A questão não é tanto QUEM é o Cabrões dos Sapos, mas antes O QUE é o Cabrões dos Sapos.
A resposta é fácil, simples e directa.
Desde o primeiro segundo em que se decidiu a lançar luz sobre esta
página e mostrá-la ao mundo, o Cabrões teve a certeza que seria o que
todos vós fizessem dele. Assim foi.
Ao fim de duas semanas de
existência e após o necessário período de observação e de maturação dos
dados recolhidos, o Cabrões está agora habilitado a fornecer-vos a
resposta certa.
Preparados para servirem de testemunha ocular atrás do vidro espelhado e escolher de entre os suspeitos do costume?
Para alguns, o Cabrões dos Sapos terá obrigatoriamente de ser eleito de
entre um leque de ilustríssimas personalidades tais como Wilson, Bruno,
Ivo, Sofia e até mesmo (pasmem-se todos agora) o próprio Sapo Lino.
O Cabrões dos Sapos gostaria de começar por fazer desde logo aqui um parêntesis:
- Estão a falar com seriedade quando cogitam estas hipóteses???
Permitam-me exercitar o meu másculo abdominal com uma portentosa gargalhada.
Com franqueza, a isso chama-se a matrioska do raciocínio, pensar dentro
da caixa que se encontra dentro da caixa que se encontra dentro da
caixa que se encontra… (vocês estão familiarizados com o conceito das
bonecas russas, não é necessário continuar, correcto?).
Para
outros, imbuídos de um espírito talvez mais abstracto, o Cabrões é uma
espécie de entidade que, sentindo-se de alguma forma lesada, renasce das
cinzas qual fénix esplendorosa sob a forma de polícia ultra-eficaz que
se lança no encalço dos maus da fita, expondo-lhes os podres,
ridicularizando-os e colocando-os à mercê da justiça (popular, neste
caso).
Para outros ainda será uma espécie de mafarrico (mas sem
chifres), criatura surgida sabe-se lá porquê, quiçá um projecto que
terá começado por ser extremamente bem-intencionado, mas que cedo
resvalou do trilho traçado e encetou a correr mal. Para esses os danos
colaterais são demasiado elevados para serem compatíveis com o projecto
inicial, não passando este agora de um ser possuidor do singular intuito
de atazanar aqueles que com ele se cruzam.
Num ponto muito
particular, uma admirável maioria parece estar de acordo. O Cabrões, por
vezes, não parece feito de carne e osso como todos vós. Ora, dado que o
Cabrões não reconhece qualquer crédito à existência de almas penadas,
supõe que estejam a referir-se à hipótese dele ser uma espécie de
maquineta.
Quanto a certezas, existem apenas as seguintes:
- o Cabrões diz as coisas certas a tempo e horas
- não é o António do Fórum
Muito bem!
Lançados aqui os resultados da análise cuidadosamente efectuada cá pelo Cabrões, o vosso veredicto é inevitável:
- O Cabrões dos Sapos é um ente resultante do cruzamento do Robocop com
o Exterminador Implacável que participou num reality show.
Com a sinceridade que todos lhe conhecem, o Cabrões confessa que se
encontrava preparado para ser alvo de muitas “malvadezas” quando se
lançou nesta aventura, mas definitivamente não estava preparado para ser
obrigado a viver na pele de uma criatura schwarzeneggeriana, a precisar
de uns bons efeitos especiais para tão ridículo argumento.
Mas
diga-se, em nome da verdade e do rigor, que em alguns pontos vocês
acertaram (até um relógio avariado consegue estar certo duas vezes por
dia... não se entusiasmem demasiado com este reconhecimento).
O
Cabrões dos Sapos poderá muito bem fazer, a partir de agora, uma
compilação dos chavões que passaram a “pertencer-lhe” (culpa vossa!)
para enviar algumas mensagens inspiradoras e compor desta forma o
discurso de encerramento desta missiva (quem precisar, que vá buscar o
tradutor, se faz favor):
A quem se interroga sobre os objectivos do Cabrões dos Sapos:
- “Prime directives? Serve the public trust. Protect the innocent. Uphold the law.”
Ao sapo e outros nojos que tais:
- “It's not personal, I just don't like you as a person.”
Aos que ocasionalmente ameaçam abdicar das visitas à página só porque é publicado algo que lhes desagrada:
- “Dead or alive, you’re coming with me.”
A todos, sem excepção:
- “Stay out of trouble.”
- “Excuse me, I have to go. Somewhere, there is a crime happening.”
- “Hasta la vista, baby.”
- “I’ll be back!”
Peace Out and No Frogs Allowed"
PS Este texto é especialmente dedicado aos profissionais de carpintaria
que nos lêem, em particular aos que acabam espetados nos dedos de
figurinhas terciárias, já que a sua favorita prefere espetar o dela numa
criatura gosmenta.
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